As ideias de Paulo Freire sobre os 5 pilares que
norteiam a comunicação entre professor e educando, a saber amor,
humildade, fé nos homens, esperança e pensar critico, são
bastante instigadoras. Suas ideias demonstram a necessidade de que nós,
enquanto educadores, saibamos fazer uma pausa nas nossas atividades diárias
para refletirmos como está nossa atuação docente. Como estamos mediando nossas
atividades nas aulas em EAD? Em nossa rotina de trabalho docente,
aproximamo-nos ou distanciamo-nos dos pilares freirianos? Para o desempenho da
docência de forma desveladora do real é preciso que o educador exerça sua
capacidade dialógica em sala, observando os referidos pressupostos. Amor.
Este é um elemento fundamental no processo de superação da educação opressora.
Somente quem tem amor pelos “esfarrapados do mundo”, nas palavras do próprio
Freire, pode conduzir homens e mulheres a se tronarem conscientes da exploração
em que vivem. Em nossas atividades em EAD precisamos conduzir a discussão dos
conteúdos de forma séria e comprometida, isto, em si, traduz-se em um ato de amor.
Outro elemento da dialogicidade de Freire diz respeito à humildade que
o professor precisar exercitar no espaço escolar, considerando que a
humanização é a vocação ontológica dos homens. Humanizar os homens através do
exemplo de humildade de que todos nós sabemos algo, de que os educandos sempre
têm um saber a partilhar e que é exatamente nessa partilha que educando e educador
crescem. Fé nos homens. Significa conclamar homens e mulheres a, juntos,
superarem a condição de opressão e a se libertarem em conjunto. Para que a
libertação dos oprimidos aconteça verdadeiramente seria necessária a
participação ativa da comunidade na organização dos conteúdos, acreditando que
toda e qualquer revolução passa pela fé que depositamos em nós mesmos e nos
outros. Esperança. Somente através da esperança na construção de um
novo mundo é que podemos ceder espaço para a libertação do novo homem que,
através da tomada de consciência, surgirá. Pensamento critico. Pensar
criticamente é conceber a humanidade enquanto construtora de sua realidade. O
educador é aquele que assume um caráter autenticamente reflexivo, desvelando a
realidade constantemente. Hoje, temos muitos desafios a serem superados em
sala, mas é nosso papel, enquanto educador, aspirar à revolução
adormecida em cada mulher e em cada homem. É preciso problematizar o próprio
significado do poder revolucionário de cada um, além de reinventar a própria
existência.
Ensinando e aprendendo à distância
domingo, 7 de julho de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Principais ações didáticas de um tutor
Antes
Antes
de iniciar a disciplina, o tutor deve realizar uma leitura da aula virtual.
Neste momento, o tutor deve procurar se aproximar, de um ponto de vista
hermenêutico, do horizonte de compreensão dos alunos. Penso que isto seja
importante para que o tutor possa identificar os pontos do material virtual que
possam gerar dúvidas e questionamentos do corpo discente.
A
partir daí, o tutor pode fazer um levantamento de materiais que sirvam de apoio
para os alunos. Este material (artigos científicos, notícias, sites) pode ser
disponibilizado no solar, de forma a favorecer a autonomia pedagógica dos
alunos.
Durante
Durante
a disciplina são várias as atividades que devem ser desenvolvidas pelo tutor.
Dentre elas, penso que são significativas o monitoramento da interação dos
alunos, o retorno imediato às demandas do corpo discente e o estímulo constante
aos alunos, através de provocação às postagens destes ou por postagens
autônomas do tutor.
O
tutor precisa acompanhar, diariamente, a frequência dos alunos no curso. Esta
atividade, sendo realizada regularmente, permite ao tutor identificar os alunos
que estão se distanciando do curso, de forma a acompanhá-los mais de perto.
Depois
Concluída
a disciplina, com a entrega do mapa de notas e provas na secretaria do curso, o
tutor deve fazer uma autoavaliação. Deve procurar identificar os pontos falhos
de sua atuação na disciplina que se finda. Identificas as deficiências, é possível procurar superá-las na próxima disciplina.
Minha
primeira experiência como tutor (sensações, experiências e acontecimentos)
Minha
primeira experiência como tutor ocorreu em 2012 no curso de Administração Pública,
em Maranguape, pela Universidade Aberta do Brasil. Naquela época eu atuava como
professor presencial em instituições privadas. Neste sentido, desde o primeiro
contato com o material didático constante da aula virtual da disciplina Instituições
de Direito Público e Direito Privado percebi algumas peculiaridades do novo
modelo no qual eu me inseria.
Na
atuação presencial formatamos a aula – preenchemos os conteúdos da ementa a
partir dos autores/estudos que fazem parte de nossa tradição acadêmica. Na
atuação à distância o tutor trabalha aulas montadas por outra pessoa. Às vezes,
nossas concepções sobre os temas podem ser diferentes das do professor conteudista.
Isto pode nos colocar em uma posição um pouco desconfortável. O tutor pode se
deparar com pontos que ele não considera articulado da melhor forma, por
exemplo. Isto reclama uma postura ética do tutor.
Por
todo o exposto, posso dizer que uma das sensações mais marcantes em minha primeira
atuação foi que a tutoria é um momento ímpar para testar nossos limites éticos.
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