domingo, 7 de julho de 2013

Pilares da comunicação segundo Paulo Freire


As ideias de Paulo Freire sobre os 5 pilares que norteiam a comunicação entre professor e educando, a saber amor, humildade, fé nos homens, esperança e pensar critico, são bastante instigadoras. Suas ideias demonstram a necessidade de que nós, enquanto educadores, saibamos fazer uma pausa nas nossas atividades diárias para refletirmos como está nossa atuação docente. Como estamos mediando nossas atividades nas aulas em EAD? Em nossa rotina de trabalho docente, aproximamo-nos ou distanciamo-nos dos pilares freirianos? Para o desempenho da docência de forma desveladora do real é preciso que o educador exerça sua capacidade dialógica em sala, observando os referidos pressupostos. Amor. Este é um elemento fundamental no processo de superação da educação opressora. Somente quem tem amor pelos “esfarrapados do mundo”, nas palavras do próprio Freire, pode conduzir homens e mulheres a se tronarem conscientes da exploração em que vivem. Em nossas atividades em EAD precisamos conduzir a discussão dos conteúdos de forma séria e comprometida, isto, em si, traduz-se em um ato de amor. Outro elemento da dialogicidade de Freire diz respeito à humildade que o professor precisar exercitar no espaço escolar, considerando que a humanização é a vocação ontológica dos homens. Humanizar os homens através do exemplo de humildade de que todos nós sabemos algo, de que os educandos sempre têm um saber a partilhar e que é exatamente nessa partilha que educando e educador crescem. Fé nos homens. Significa conclamar homens e mulheres a, juntos, superarem a condição de opressão e a se libertarem em conjunto. Para que a libertação dos oprimidos aconteça verdadeiramente seria necessária a participação ativa da comunidade na organização dos conteúdos, acreditando que toda e qualquer revolução passa pela fé que depositamos em nós mesmos e nos outros. Esperança. Somente através da esperança na construção de um novo mundo é que podemos ceder espaço para a libertação do novo homem que, através da tomada de consciência, surgirá. Pensamento critico. Pensar criticamente é conceber a humanidade enquanto construtora de sua realidade. O educador é aquele que assume um caráter autenticamente reflexivo, desvelando a realidade constantemente. Hoje, temos muitos desafios a serem superados em sala, mas é nosso papel, enquanto educador, aspirar à revolução adormecida em cada mulher e em cada homem. É preciso problematizar o próprio significado do poder revolucionário de cada um, além de reinventar a própria existência. 

segunda-feira, 22 de abril de 2013



Principais ações didáticas de um tutor

Antes
Antes de iniciar a disciplina, o tutor deve realizar uma leitura da aula virtual. Neste momento, o tutor deve procurar se aproximar, de um ponto de vista hermenêutico, do horizonte de compreensão dos alunos. Penso que isto seja importante para que o tutor possa identificar os pontos do material virtual que possam gerar dúvidas e questionamentos do corpo discente. 

A partir daí, o tutor pode fazer um levantamento de materiais que sirvam de apoio para os alunos. Este material (artigos científicos, notícias, sites) pode ser disponibilizado no solar, de forma a favorecer a autonomia pedagógica dos alunos.

Durante
Durante a disciplina são várias as atividades que devem ser desenvolvidas pelo tutor. Dentre elas, penso que são significativas o monitoramento da interação dos alunos, o retorno imediato às demandas do corpo discente e o estímulo constante aos alunos, através de provocação às postagens destes ou por postagens autônomas do tutor.

O tutor precisa acompanhar, diariamente, a frequência dos alunos no curso. Esta atividade, sendo realizada regularmente, permite ao tutor identificar os alunos que estão se distanciando do curso, de forma a acompanhá-los mais de perto.

Depois
Concluída a disciplina, com a entrega do mapa de notas e provas na secretaria do curso, o tutor deve fazer uma autoavaliação. Deve procurar identificar os pontos falhos de sua atuação na disciplina que se finda. Identificas as deficiências, é possível procurar superá-las na próxima disciplina.


Minha primeira experiência como tutor (sensações, experiências e acontecimentos)

Minha primeira experiência como tutor ocorreu em 2012 no curso de Administração Pública, em Maranguape, pela Universidade Aberta do Brasil. Naquela época eu atuava como professor presencial em instituições privadas. Neste sentido, desde o primeiro contato com o material didático constante da aula virtual da disciplina Instituições de Direito Público e Direito Privado percebi algumas peculiaridades do novo modelo no qual eu me inseria. 

Na atuação presencial formatamos a aula – preenchemos os conteúdos da ementa a partir dos autores/estudos que fazem parte de nossa tradição acadêmica. Na atuação à distância o tutor trabalha aulas montadas por outra pessoa. Às vezes, nossas concepções sobre os temas podem ser diferentes das do professor conteudista. Isto pode nos colocar em uma posição um pouco desconfortável. O tutor pode se deparar com pontos que ele não considera articulado da melhor forma, por exemplo. Isto reclama uma postura ética do tutor. 

Por todo o exposto, posso dizer que uma das sensações mais marcantes em minha primeira atuação foi que a tutoria é um momento ímpar para testar nossos limites éticos.  


Este blog existe para postagens relacionadas a atividades do Curso de Formação Continuada de Tutores do Instituto UFC Virtual.